Papa faz apelo à paz, Putin propõe novo diálogo, Trump pressiona e Zelensky topa conversar
Um domingo promissor nas conversas de paz sobre a Ucrânia. Logo cedo, o papa Leão XIV fez um apelo à paz durante celebração na Praça do Vaticano.
“Me dirijo aos líderes mundiais, repetindo o apelo sempre oportuno: Guerra nunca mais! Trago no meu coração o sofrimento do amado povo ucraniano. Que se faça tudo o que for possível para alcançar o mais rápido possível uma paz autêntica, justa e duradoura. Que sejam libertados todos os prisioneiros e que as crianças possam retornar às próprias famílias”, disse, sendo aplaudido por uma multidão de 200 mil fieis.
Vladimir Putin, em comunicado televisionado do Kremlin, ofereceu a Kiev a retomada das negociações “já na quinta-feira, em Istambul”.
“Nossa proposta, como se diz, está sobre a mesa. A decisão agora cabe às autoridades ucranianas e a seus curadores, que parecem estar guiados por ambições políticas pessoais, não pelos interesses de seus povos”, disse.
A confirmação de Zelenski veio após pressão de Donald Trump. Nas redes sociais, ele falou em “dia potencialmente grandioso para a Rússia e a Ucrânia”.
“O presidente russo, Putin, não quer um acordo de cessar-fogo com a Ucrânia, mas sim se reunir na quinta-feira, na Turquia, para negociar um possível fim do banho de sangue.”
Antes de aceitar as conversas, Volodimir Zelenski afirmou, também pela rede social, que o aceno era um sinal de que os russos começaram a considerar o fim do conflito, mas que, para isso, era preciso garantir “o primeiro passo para realmente acabar com qualquer guerra”.
“Não faz sentido prolongar os assassinatos. Estarei esperando por Putin na Turquia na quinta. Pessoalmente, espero que desta vez os russos não procurem desculpas. Esperamos que a Rússia confirme um cessar-fogo total, duradouro e confiável a partir de amanhã, 12 de maio”, disse.
A demanda por um cessar-fogo de 30 dias é apoiada pela UE. O grupo inclui o presidente da França, Emmanuel Macron, e os primeiros-ministros da Alemanha, Friedrich Merz, da Polônia, Donald Tusk, e do Reino Unido, Keir Starmer.