A decisão foi tomada durante uma reunião do ministro da Previdência, Carlos Lupi, com diretores e superintendentes do instituto.

Débora está no INSS desde 2008, onde iniciou a carreira como analista de Seguro Social. Formada em Direito, passou por áreas estratégicas como a Coordenação de Compras e Serviços e a Coordenação-Geral de Licitações e Contratos. Desde setembro de 2023, comanda a Diretoria de Orçamento, Finanças e Logística.

Antes mesmo do anúncio oficial da sua nomeação, Débora participou de uma entrevista ao lado do ministro da CGU, Vinicius Marques de Carvalho. Na ocasião, afirmou que o INSS irá apresentar um plano para ressarcir os aposentados que tiveram descontos indevidos em seus benefícios. O formato da devolução, no entanto, ainda depende da dimensão exata da fraude.

— Nós traremos oportunamente um plano onde serão tratadas todas as informações para, em seguida, numa força-tarefa conjunta, promovermos o integral ressarcimento dos valores irregularmente descontados dos nossos segurados — afirmou.

De acordo com a CGU e o INSS, os descontos ilegais já serão suspensos nos contracheques de maio. O governo orienta que aposentados e pensionistas não procurem as agências neste momento, pois as parcelas já lançadas não serão repassadas às entidades e serão ressarcidas no mês seguinte.

A operação desta semana bloqueou cerca de R$ 2 bilhões. No total, estima-se que desde 2019 os valores descontados possam chegar a R$ 6,3 bilhões — embora ainda não esteja claro quanto desse montante foi descontado de forma irregular.

Pelo menos 11 entidades associativas estão na mira da investigação, suspeitas de aplicar descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas. A operação resultou em mandados de busca e apreensão, além de prisões preventivas em diversos estados.