Bolsonaro começou a se sentir mal durante um evento do Partido Liberal em Tangará, a 98 km de Natal. Ele foi inicialmente levado ao Hospital Municipal Aluízio Bezerra, em Santa Cruz, onde recebeu os primeiros atendimentos. Posteriormente, foi transferido de helicóptero para a capital potiguar.

Na manhã deste sábado, o ex-presidente relatou "dores intensas" e uma "forte distensão abdominal", e afirmou que provavelmente precisará passar por uma nova cirurgia. Apesar disso, boletim médico divulgado horas depois informou que o quadro havia se estabilizado e que Bolsonaro teve uma boa noite de sono, com mais de oito horas de descanso.

O médico Cláudio Birolini, que acompanha Bolsonaro desde São Paulo, afirmou que o ex-presidente apresenta um quadro de suboclusão intestinal, associado às cirurgias realizadas após a facada sofrida em 2018. Segundo Birolini, a situação respondeu positivamente ao tratamento inicial, mas ainda exige monitoramento contínuo. "No momento, descartamos a necessidade de uma intervenção cirúrgica de emergência", disse o médico.

A decisão de transferência para Brasília foi tomada em conjunto por Bolsonaro, familiares e sua equipe médica, visando a proximidade com seus parentes. Ele será internado no hospital DF Star, segundo informou o senador Rogério Marinho (PL-RN).

Durante a internação em Natal, um andar inteiro do Hospital Rio Grande foi reservado para o ex-presidente por motivos de segurança. De acordo com a direção da unidade, a medida não comprometeu o funcionamento geral do hospital.