A análise, conduzida pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), destacou esse trecho entre os 11 pontos com melhor classificação entre os 145 analisados em 67 municípios de 14 estados.

No centro-oeste paulista, apenas dois pontos do Rio Tietê foram avaliados: um em Botucatu e outro em Barra Bonita, onde a qualidade foi considerada regular. O índice de Qualidade da Água (IQA) utilizado no estudo categoriza os resultados em cinco níveis: ótima, boa, regular, ruim e péssima. Nenhum dos rios atingiu a classificação ótima; apenas 7,6% foram classificados como bons, enquanto 75% ficaram como regulares, 13,8% como ruins e 3,4% como péssimos.

Gustavo Veronesi, coordenador da causa, ressaltou a importância do monitoramento contínuo, alertando que a classificação regular está mais próxima de ruim do que das categorias superiores. Segundo ele, a principal causa da baixa qualidade das águas está ligada à falta de saneamento básico, agravada pelo uso excessivo de agrotóxicos, falta de proteção das nascentes e descuido com as matas ciliares.

Os efeitos dessa realidade já se fazem notar: um extenso tapete de aguapés cobriu cerca de seis quilômetros do rio nas proximidades da eclusa da barragem de Barra Bonita, prejudicando o turismo e a economia local.

A análise reflete a necessidade urgente de ações voltadas para a preservação e recuperação dos recursos hídricos, garantindo a manutenção da qualidade das águas e o desenvolvimento sustentável da região.